A
premissa é basicamente a citada acima. Um jovem chamado Kei Kurono encontra o
velho amigo de escola, Katou, em
uma estação de metrô ajudando um bêbado que caiu nos trilhos. Ao ajudá-lo a
sair da linha do trem, Kei e seu amigo caem nos trilhos e ambos são
aparentemente atropelados pelo trem. Aparentemente! Em um breve piscar de
olhos, eles estão dentro de um apartamento sem nenhum móvel além da esfera
negra – GANTZ – e outras pessoas
que partilharam de destinos semelhantes, a morte. GANTZ detém o poder sobre a
vida destas pessoas, e convoca-as para caçar alienígenas que vivem na cidade de
Tóquio.
Como
eu disse, o filme GANTZ é baseado no mangá homônimo, que gerou também um anime.
O Mangá ainda é lançado mas está prestes a terminar. Não falarei aqui sobre o
mangá ou o anime, pois como as três mídias são desenvolvidas de modos
diferentes, prestarei a analisar somente a versão cinematográfica.
Gantz em seu apartamento |
Com
uma piscada de olhos, Kei e Katou estão juntos de outras pessoas dentro do
apartamento de GANTZ. Ali um diálogo se faz enquanto somos apresentados a outro
protagonista, a jovem Kei Kishimoto, que é transportada para o apartamento
desacordada, nua e molhada. Ao ser acordada, Katou cobre seu corpo nu com sua
jaqueta e espanta um tarado, componente do grupo, fazendo com que a jovem garota
se apaixone por seu defensor.
Quadro de Gantz que representa perfeitamente o nível de violência do mangá |
GANTZ
apresenta o alvo. Um ser alienígena de aparência infantil e estranha. Logo
todos os participantes, depois de se armar com os equipamentos fornecidos por
GANTZ, são transportados para as ruas de Tóquio para caçar o alienígena.
Por
haverem vários personagens de diversos modos de vida e classes sociais, vemos a
variedade de atitudes que as pessoas podem apresentar diante de uma situação
desagradável como essa. Nishi, que é arrogante, egoísta e mentiroso, fala a
todos que aquele na verdade é um programa de televisão e quem matar o
alienígena ganha um prêmio em dinheiro. Vemos assim todos os participantes
sairem correndo atrás do alienígena – que neste caso é uma criança – para
destruí-lo e assim serem premiados. Todos menos os nossos três protagonistas. Quando
a missão termina, os sobreviventes – sim, muitos morrem durante as missões –
são transportados de volta para o apartamento onde GANTZ lhes dá uma pontuação
uma pontuação que se acumulará à cada missão.
Tecnicamente
falando, GANTZ é uma bela obra com efeitos digitais e especiais de dar inveja a
muitos filmes de terror. Artisticamente
falando, ótimos cenários, figurino e maquiagem extremamente fiéis aos mangás - isso
é realmente um dos melhores pontos. Como eu havia mencionado anteriormente, o
fraco de GANTZ é o desenvolvimento dos personagens durante a narrativa. Longos
planos monótonos e sem muito o que mostrar e alguns diálogos sem motivos de
proveito para a narrativa. Pensando em um dos casos, tenho certeza que todos
nós, diante da morte extremamente cruel e sanguinolenta de um completo
estranho, não esboçaríamos a menor emoção, pois nem ao menos sabíamos que
aquele infeliz existia até aquele momento. Já se nos depararmos com uma morte
semelhante de um amigo, familiar ou simplesmente alguém que conhecemos e
realmente nos importamos, deveríamos estar o mínimo chocados a ponto de pelo
menos verter lágrimas de nossos olhos. Isso muitas vezes não acontece. Não se
trata de uma falta de humanidade e comoção diante do assassinato de alguém, mas
sim de pelo menos uma verossimilhança de algo tão chocante acontecer com alguém
que está próximo e partilhando do seu mesmo destino.
Em
um plano geral, GANTZ é um belo filme e muito bem construído – mesmo baseado no
mangá – e muito bem adaptado, pois para fazer uma adaptação de cerca de
trezentos capítulos de mangá em dois filmes - escreverei sobre o segundo filme
em breve - não é algo que Hollywood consiga fazer tão facilmente. Qual é gente!
Esse é o Japão! De lá só saem coisas de primeira linha! - Em sua grande maioria
ao menos.
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GR Machado quer voltar a ler o mangá GANTZ, mas não tem coragem de assumir a leitura de quase 50 capítulos.
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GR Machado quer voltar a ler o mangá GANTZ, mas não tem coragem de assumir a leitura de quase 50 capítulos.
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