Sob uma perspectiva documental, com planos movimentados e
sempre ao nível dos personagens, somos inseridos dentro da narrativa como se
fizéssemos parte do grupo de soldados que deve sobreviver a um ataque colossal
de seres extraterrestres à cidade de Los Angeles. Acompanhamos os sobreviventes
da primeira massa de ataques, que devem procurar uma base militar
segura para fugir dos invasores e do bombardeio ordenado pelo exército para
exterminar os alienígenas na região litorânea da cidade.
Durante a narrativa inteira acompanhamos os soldados sem
artifícios técnicos cinematográficos com resultados de planos artificiais, como
travellings, dollys ou gruas. Aliando o plano ao nível dos personagens e
constantemente tremidos, principalmente em momentos de maior ansiedade, como os
diversos embates entre os humanos e os alienígenas, ficamos mais próximos da
sensação de sobrevivermos junto aos protagonistas.
No início, somos apresentados ao sargento Michael Nantz,
interpretado pelo eterno Harvey Dent de Nolan, Aaron Eckhart, que é
assombrado pelo seu passado, quando perdeu todos os seus homens em campo de
batalha. Sua má reputação é reconhecida pelos soldados que se veem junto a ele,
diante deste novo confronto vindo do espaço, ao qual devem se unir para
sobreviver.
Aaron Eckhart como Sgt. Michael Nantz |
Assim como nos outros filmes com a mesma temática, os protagonistas
passam por situações extremamente convenientes, por exemplo quando encontram um
pequeno grupo de civis composto por uma mulher, um homem e três crianças, onde
a mulher é (aí vem a conveniência) uma veterinária, que além de utilizar seus
conhecimentos mais aprofundados de “medicina” ao invés dos primeiros socorros
que os soldados aprendem em treinamento. Além de ajudar com os ferimentos dos
sobreviventes, a moça ainda ajuda a descobrir o ponto fraco dos corpos dos
alienígenas. Estes por sua vez, merecem uma atenção à parte. Diferentemente dos
clássicos extraterrestres baixos, esquálidos e com grandes cabeças, estes,
mesmo tendo um resquício de formato humanóide, compõem-se de corpos orgânicos e
componentes artificiais, elétricos e mecânicos, me fazendo lembrar dos antigos
Borgs da série Jornada Nas Estrelas – A Nova
Geração. Este conceito de mescla de corpos biológicos e mecânicos nos
remete à conceitos atualmente em pauta, como a organização da sociedade com
controle de ações e o benefício da longevidade proporcionada por implantes
artificiais em corpos deficientes. Mas acima de tudo isso, o cerne da situação,
o objetivo de tal invasão, é pelo bem mais precioso capaz de manter vida
(diga-se pluricelulares) em qualquer lugar. A água. Sim! Este composto químico
que já incitou invasões extraterrestres em diversos outros filmes. Este é um
dos pecados de A Batalha de Los Angeles,
que tanto prezou por um ponto de vista mais realista e acabou tropeçando no
mesmo clichê de muitos outros títulos.
Relevando-se as conveniências e clichês do longa, outro ponto que podemos entender é o patriotismo, clássico dos filmes de guerra hollywoodianos, sempre apresentado diante de um discurso motivacional de alguma autoridade, ou colorido com as cores azul, vermelha e branca. Eu disse sim “entender”, pois nada disso acontece. Tirando o nome da cidade onde a trama se passa, não existem elementos clássicos do patriotismo estadunidense, tampouco de quaisquer religiões. Além de mostrar em diversas partes do filme as imagens de ataques em outras cidades do mundo (inclusive Buenos Aires e Rio de Janeiro, mostrando que os roteiristas fizeram o dever de casa das aulas de geografia e aparentemente não confundiram a capital do Brasil com a capital hermana Argentina), entendemos que esta invasão não só poderia acontecer em qualquer outro lugar do mundo, como realmente acontece, nas principais metrópoles terrestres. Mas não me venha dizer que isso acontece também com Independence Day porque em A Batalha de Los Angeles o presidente dos Estados Unidos não pilota um caça para derrotar os invasores. Este presidente é mais real. Ele deixa os soldados fazerem seu trabalho e foge, escondendo-se em algum lugar tão bem escondido que nem ao menos é citado durante o longa inteiro.
À direita, o alienígena. |
Relevando-se as conveniências e clichês do longa, outro ponto que podemos entender é o patriotismo, clássico dos filmes de guerra hollywoodianos, sempre apresentado diante de um discurso motivacional de alguma autoridade, ou colorido com as cores azul, vermelha e branca. Eu disse sim “entender”, pois nada disso acontece. Tirando o nome da cidade onde a trama se passa, não existem elementos clássicos do patriotismo estadunidense, tampouco de quaisquer religiões. Além de mostrar em diversas partes do filme as imagens de ataques em outras cidades do mundo (inclusive Buenos Aires e Rio de Janeiro, mostrando que os roteiristas fizeram o dever de casa das aulas de geografia e aparentemente não confundiram a capital do Brasil com a capital hermana Argentina), entendemos que esta invasão não só poderia acontecer em qualquer outro lugar do mundo, como realmente acontece, nas principais metrópoles terrestres. Mas não me venha dizer que isso acontece também com Independence Day porque em A Batalha de Los Angeles o presidente dos Estados Unidos não pilota um caça para derrotar os invasores. Este presidente é mais real. Ele deixa os soldados fazerem seu trabalho e foge, escondendo-se em algum lugar tão bem escondido que nem ao menos é citado durante o longa inteiro.
A Invasão do Mundo – A
Batalha de Los Angeles é realmente um filme divertido e envolvente, pois
além de nos aproximar da narrativa com técnicas de direção e fotografia muito
bem planejados, também não nos exclui por sermos de países diferentes ou termos
crenças e religiões diferentes. Somos todos frágeis humanos que devemos cuidar
de nosso planeta e sermos unidos, para que nenhum de nossos semelhantes passe
dificuldades e estejamos preparados para chutar a bunda de qualquer
extraterrestre metido a besta que queira buscar encrenca conosco.
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GR Machado espirraria em um alienígena para deixá-lo doente e fazê-lo morrer com alguma doença cujos humanos tenham anticorpos.
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GR Machado espirraria em um alienígena para deixá-lo doente e fazê-lo morrer com alguma doença cujos humanos tenham anticorpos.
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