A
partir da década de 70, filmes e seriados de televisão de outros gêneros com a
Ficção Científica como plano de fundo começaram a pipocar pelo mundo mas que
não emplacaram com uma boa audiência. Com o avanço da tecnologia para a
utilização nos efeitos especiais dos filmes, o mercado cinematográfico começou
a alavancar, mas não na velocidade que era esperado pelos produtores.
Nesta
época é apresentado na televisão o seriado Jornada nas Estrelas, que apresentou
a tripulação da espaçonave Enterprise viajando pelo espaço e “Indo onde nenhum
homem jamais esteve”. Na época, a série não foi vendida como Ficção Científica,
mas sim como um Faroeste Espacial, onde assim como os filmes de faroeste das décadas
de 40 à 60, exploravam terras desconhecidas, conhecendo novos povos e
civilizações. A série fez um relativo sucesso na época, mas durou poucos anos,
sendo cancelada e esquecida por alguns outros anos. Em 1976, o criador de Star
Trek, Gene Roddenberry, iria lançar uma nova temporada de Star Trek quando em
1977 foi lançado no cinema a maior saga com temática de ficção científica. Star
Wars tornou-se um sucesso instantâneo, levando os produtores da Paramount, que
produziam Star Trek, a decidirem por lançar filmes da antiga série, levando para
as telonas os mesmos atores que representaram-na no início da década.
A
década de 80 foi marcada pela evolução nos efeitos especiais nos filmes de
ficção científica e por apresentar cineastas que virariam ícones do gênero, com
uma vasta filmografia de FC. Nomes como Steven Spielberg, George Lucas, Robert
Zemeckis, Ridley Scott, entre outros, presentearam o público com grandiosas
obras cinematográficas que, na grande maioria, apesar de conterem a
ficção científica como plano de fundo, não eram essencialmente do gênero, mas
saciavam o público. Com suas representações de viagens espaciais, encontros e
duelos entre seres humanos e alienígenas, a introdução do robô no contexto
social e filosófico e a apresentação de tecnologias que eram capazes de
facilitar o trabalho humano e trazer-lhes uma maior comodidade, a
ficção científica não só serviu de entretenimento para o público, como também
de inspiração para cientistas e inventores que passaram a desenvolver máquinas,
aparelhos, técnicas e tecnologias.
Assim
como descrevi a Ficção Científica no início desta série de postagens, o gênero
apresenta uma história cuja essência e temática principal é a ciência
plausível, com máquinas e equipamentos tecnológicos próximos à nossa realidade
e que por teoria científica seriam possíveis a sua existência. Não é por acaso
que o homem chegou à lua (não sou teórico de conspiração) exatamente 67 anos
depois do primeiro filme de ficção-científica que representava a ida do homem à
lua. Filmes com viagens espaciais inspiraram as tecnologias humanas que temos
hoje em dia para as viagens espaciais reais. Os robôs criados nos filmes para
facilitar a vida do ser humano, hoje ajudam em fábricas ou até como
computadores caseiros. Hoje em dia, filmes produzidos com a mais avançada
tecnologia de computação gráfica nos dá uma ideia do que esperamos no futuro,
assim como as gerações mais velhas de hoje esperavam num futuro a décadas
atrás.
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