24/02/2012

M*A*S*H*


No Brasil de hoje, o humor é fortemente censurado pelo que conhecemos de “politicamente correto”, o que é pouco representado na cena humorística nos Estados Unidos. Seguidamente somos agraciados com um humor irreverente e inteligente que, para que seja bem recebido, é preciso uma suspensão de praticamente toda a seriedade que podemos levar destas piadas, feitas simplesmente para fins de entretenimento.
A Guerra da Coréia certamente foi uma época conturbada para os Estados Unidos, tanto politicamente como socialmente, e fazer humor com uma guerra tão sangrenta e triste como essa, e ainda um humor tão inteligente e irreverente, é de aplaudir de pé e agradecer por termos um pouco de humor para tirar de algo tão triste que é a guerra. Este é o mote de M*A*S*H* (1970) de Robert Altman.
M*A*S*H* se passa em um posto médico móvel avançado na Guerra da Coréia, constituindo o grupo basicamente só de médicos, cirurgiões e enfermeiras. O capitão Benjamin Franklin "Hawkeye" Pierce (interpretado por Donald Sutherland) é um cirurgião extremamente competente e aproveita para curtir a vida com bom humor em situações nada menos do que hilárias que acontecem no acampamento médico.
Várias pequenas passagens hilárias compõem a narrativa do filme, introduzindo e interagindo com os diversos personagens lá presentes. Podemos observar M*A*S*H* como um longa metragem composto de inúmeras esquetes humorísticas onde Hawkeye e seu amigo cirurgião chefe John Francis Xavier "Trapper John" McIntyre (interpretado por Elliott Gould) aproveitam-se das situações em que seus colegas de acampamento se encontram. São praticamente todas as piadas com requintes de humor negro e muitas situações envolvendo uma espécie de humilhação que nos causa uma vergonha alheia dos personagens que sofrem com as brincadeiras.
Dois anos depois, o filme gerou o seriado homônimo, mas contando somente com um único ator que participou do filme, Gary Burghoff, que ficou imortalizado como “Radar”, o assistente do oficial comandante do acampamento médico. A série durou 11 temporadas e seguia o mesmo conceito do filme, baseado no romance de Richard Hooker e que ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado em 1971.
Uma opinião pessoal, eu acho o pôster do filme MASH um dos melhores de toda a história do cinema. Mas isso é só uma opinião minha que não deve ter tanta importância.

18/02/2012

A Life in Pitcures - Stanley Kubrick



Misterioso, excêntrico, megalomaníaco, recluso, obsessivo, gênio. Estas são somente algumas das alcunhas dadas por jornalistas, críticos e especialistas em cinema quando se referiam a Stanley Kubrick, um dos maiores cineastas da história do cinema.
Stanley Kubrick - A Life In Pictures é o documentário definitivo da vida e obra deste que é um dos maiores mestres do cinema. Parcialmente narrado principalmente por Tom Cruise, a quem Kubrick havia se apegado durante as gravações de De Olhos Bem Fechados (1999), passando por entrevistas com diversos artistas e profissionais do cinema, além de seus amigos pessoais e familiares, a narrativa de Documentário Clássico é desenvolvida quase que completamente com fotografias pessoas, gravações antigas de família, de arquivos de bastidores de sets de filmagem dos seus filmes, sobrepostas pelas narrações das entrevistas dos convidados.
Desde pequeno, com o incentivo dos pais, Kubrick se apegou à fotografia e trabalhou como fotógrafo na juventude, arrecadando dinheiro para seu primeiro filme Day of the Fight (1951), um documentário curto sobre uma grande luta te boxe da época. Pouco depois, Kubrick gravaria seu primeiro longa Fear and Desire(1953), que o ajudou a ter um bom reconhecimento no mundo do cinema. Mas o filme que fez abrir os olhos dos produtores de Hollywood foi Glória Feita de Sangue (1957), chamando a atenção até mesmo de Kirk Douglas que estrelava e produzia o filme Spartacus (1960) e que por divergências criativas com o diretor que estava dirigindo o filme, Douglas o demitiu e contratou Kubrick, iniciando assim a carreira mais promissora que um cineasta pode ter.
Depois de dirigir os que hoje são considerados alguns dos maiores clássicos do cinema como Lolita (1962), Dr. Fantástico (1964), 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968), Laranja Mecânica(1971), Barry Lyndon (1975), O Iluminado (1980) e Nascido para Matar (1987), Kubrick ficou reconhecido pelo seu perfeccionismo que poderia até beirar à loucura. Ainda assim, mesmo sendo duro e rigoroso com atores e equipe técnica, ele foi uma pessoa amável e respeitosa.
Kubrick dos deixou em março de 1999, sete meses antes do lançamento de seu último filme De Olhos bem Fechados (1999), deixando seu legado representado nas mais belas obras cinematográficas da história. Seu trabalho póstumo – pré concebido por ele – foi produzido e dirigido por um grande amigo, Steven Spielberg, lançando o filme Inteligência Artificial (2001) que além de homenagem, é a continuação do último trabalho que Kubrick preparara para o cinema.
Stanley Kubrick - A Life In Pictures é uma obra indispensável para qualquer um que se diga fã do diretor que inspirou grandes ídolos do cinema atual e um ótimo guia para filmes realmente excelentes.

14/02/2012

O Enredo e o Legado Seinfeldiano


O fato de Jerry Seinfeld e Larry David serem ambos humoristas, foi altamente benéfico para o desenvolvimento do seriado. O texto de um humorista stand-up é quase sempre baseado em acontecimentos do cotidiano, o que eram basicamente todas as tramas dos episódios. Tentando mostrar uma outra faceta do humor stand-up – o stand-up comedy é altamente difundido na televisão norte americana, onde apresentam programas especiais de shows de humoristas na programação – representando em cada episódio, exatamente o que o humorista apresentaria de forma narrada no palco. Pode-se entender que Seinfeld é uma espécie de dramatização de uma comédia em pé que os humoristas apresentam em bares e teatros.
Por durante sete temporadas, cada episódio era introduzido por um pequeno trecho de uma apresentação de Jerry, fazendo piadas sobre algo que será tratado a seguir no episódio (ou dramatização da apresentação). Em alguns episódios, a apresentação de Jerry no bar está inserida na trama, como parte da história que está sendo narrada. Esta inserção durante as sete das nove temporadas se deve à permanência de Larry David, que além de criador e roteirista, era produtor do seriado e impunha essa excentricidade à sua criação, que certamente não era contestada por Jerry porque era algo realmente engraçado, uma espécie de “esquenta” de cada episódio, sem a necessidade de piadas forçadas com risadas de um público falso, que tanto atormenta o espectador dos seriados atuais onde somos obrigados a rir em todos os momentos em que aquelas malditas risadas aparecem.


11/02/2012

O nada... e o tudo de Seinfeld


Sobre o nada
Enquanto as sitcoms da época apresentavam uma família como núcleo principal e tratavam de assuntos em temas e situações cômicas mais restritas às situações familiares, Seinfeld, cujo núcleo era composto por quatro amigos, apresentavam situações mais amplas do cotidiano, fazendo piadas de qualquer coisa. A união de dois humoristas stand-up, cujo trabalho é fazer piada de casos do cotidiano, ajudou imensamente na criação das mais diversas e inusitadas situações em que os amigos se encontram.
O episódio piloto chamado de The Seinfeld Chronicles foi apresentado a um grupo de produtores em uma apresentação de avaliação, mas não lhes chamou a atenção. Os produtores acharam o assunto fraco, situações complicadas e de difícil entendimento, vetando assim a continuidade da série.
Foi então que um produtor da NBC, que adorou o episódio piloto, insistiu para que a NBC inserisse o episódio na programação midseasson (período de hiato dos seriados). O piloto foi bem recebido, mas sem ser reconhecido tão grandiosamente como foi o seriado anos depois. O mesmo produtor, insistindo na continuidade da série, investiu de seus próprios fundos de produtor para a criação de mais quatro episódios de Seinfeld. Larry David, que havia se incomodado (mais pelo seu gênio forte e, de certo modo, loucura) com o episódio piloto, já não tinha mais vontade de dar continuidade ao seriado, mas com a insistência de Jerry, concordou em continuar escrevendo e produzindo.
Contanto, uma das exigências dos produtores da NBC era de que fosse incluída ao núcleo principal, uma personagem feminina. Inesperadamente, Larry David concordou, pois já era  sua intenção de complementar o seriado com uma visão feminina das situações que os personagens iriam viver.

09/02/2012

Sobre um enigma mais do que mundano



Assistindo TV esses dias, me deparo com uma exibição de “Homem-Aranha 3” em algum canal a cabo. Um filme terrível, é verdade, principalmente pelo roteiro atabalhoado e pelas decisões estranhas de Sam Raimi que permeiam toda a história. Mas o que mais me impressionou foi o quanto os efeitos do filme (que é de 2007!) já estão terrivelmente datados – Peter Parker trajado do seu famoso alter-ego não parece muito diferente de um personagem de videogame balançando por entre prédios.
Acredito que o maior testamento da força de um efeito especial seja o seu legado, e o fato de que ele continua sendo efetivo mesmo décadas depois, quando as tecnologias que nos proporcionam essa faceta do espetáculo visual cinematográfico já avançaram a largos passos, quase extinguindo a profissão de artesão de efeitos práticos.
Era um trabalho muito mais estressante. Os efeitos eram todos produzidos no próprio set, e caso um ator errasse algo no take, era necessário reproduzir o efeito totalmente, em oposição aos efeitos de computação gráfica, que são todos adicionados na pós-produção. Caso a prótese fosse destinada a ser destruída em cena, e algo desse errado, então... Trabalho árduo por água abaixo. Mas era uma dor de cabeça que muitas vezes se pagava: “Alien”, “Um Lobisomem Americano em Londres”, “ET”, “Tubarão”, “Evil Dead 2”, “O Exterminador Do Futuro” (sendo o segundo filme também conhecido por seu fantástico uso inicial de computação gráfica, que não parece ter envelhecido tanto justamente porque era brilhantemente usado em parceria aos efeitos práticos do mestre Stan Winston), são todos filmes cujos efeitos, no geral, permanecem fortes até hoje.
Entendo que muita dessa credibilidade dos efeitos puramente físicos é a de que, mesmo que às vezes a movimentação do boneco seja dura, ou que os lábios não se movam exatamente em sincronia com a voz, ou ainda mesmo que só se use planos fechados porque só foi desenvolvido metade do boneco, o que importa é que ele é orgânico, está ALI – impressão superior a causada pela computação gráfica, que na maior parte dos casos nos deixa aquela impressão de “vazio” – e de que o ator está evidentemente contracenando com o nada.
Quatro parágrafos dentro do texto, e ainda não falei do filme do qual quero tratar – “O Enigma Do Outro Mundo”, ou simplesmente “The Thing”, de 2011. Mas achei que a exposição inicial era necessária, para eu situar vocês exatamente no centro do abismo entre a execução deste prelúdio (que se passa um dia antes do original) e o filme de 1982 de John Carpenter, que considero a obra máxima de horror/ficção (e também sobre paranoia) de todos os tempos.
Primeiramente: o filme de 2011 não se decide se é, de fato, um prelúdio ou uma refilmagem. Claro que olhando a obra por inteiro, entende-se que é sim uma história anterior. Mas existem decisões de roteiro e de direção que nos fazem pensar sobre quais eram as intenções iniciais – e deixa a dúvida se o filme não era de fato um remake na primeira versão do roteiro, que se transformou em algo diferente posteriormente, mas ainda carregando muito de sua intenção inicial.
Cenas inteiras praticamente copiadas e coladas do filme de 1982 – como a cena na qual todos os personagens ainda vivos estão ao redor do cadáver flamejante de um dos alienígenas, a céu aberto, enquanto a protagonista explica a verdade sobre a aterradora situação. A cópia não se dá apenas nos acontecimentos, mas também nos ângulos de câmera e na direção geral (nesta cena citada, por exemplo, mantém-se a intercalação entre planos médios e planos fechados, aumentando a tensão e dando a impressão de como eles estão juntos, mas ao mesmo tempo isolados uns dos outros), o que nos faz pensar em outras coisas além da simples homenagem.
A tensão brilhantemente construída no filme original é capturada apenas em pouquíssimas cenas, dando espaço para o famigerado “susto fácil”, regra do medíocre cinema de horror que reina hoje nos multiplex. Isso não seria um grande problema se não fosse totalmente incongruente com o que já era estabelecido sobre o alienígena: para quem gosta de capturar suas vítimas uma por uma, isoladamente, e copiá-las, até que este parece gostar de dar um showzinho.
As inconsistências, aliás, se estendem a outros momentos, e quebram a importante lógica interna que um filme, por mais fantasioso que seja, deve ter: uma vez estabelecidas as regras daquele universo, não se deve quebrá-las sem maiores explicações. No entanto, o próprio modus-operandi do organismo alienígena varia (ele tem que, enfim, absorver alguém para depois imitá-lo, ou ele pode simplesmente tocar em alguém e se fundir a esta pessoa?), traindo coisas básicas explicadas no filme original e inclusive neste.
Mas, confesso, fã do original como sou, eu perdoaria tudo isso se eu pudesse ter um vislumbre dos gloriosos efeitos práticos do passado – efeitos estes que ajudam a manter o filme original tão alto na minha lista de preferidos. Infelizmente, fui sumariamente ignorado. O nível da computação gráfica só pode ser definido como “bagaceiro” – efeitos digitais tão ruins que muitas vezes não batem nem com os frames no qual foram inseridos, dando aquela impressão de “treme-treme”, como se estivesse planando sobre a tela. Em algumas cenas, quando é usado com cautela, não ofendem. Mas nas transformações completas das criaturas, parecem ter saído direto de algum jogo de videogame da geração passada.
Essa é apenas a cereja podre no topo desse sundae aguado: um filme que mesmo que não tivesse qualquer ligação com o “The Thing” original não seria nada mais que medíocre. É reto, sem imaginação, mal-acabado e dá a impressão de que todos os envolvidos fizeram o filme no mais absoluto tédio. Uma tremenda decepção, mas eu já deveria esperar.
E o mais triste de tudo isso?




Saber que foram feitos diversos efeitos práticos e animatrônicos fantásticos, mas que foram todos revestidos de CGI vagabunda no final é o que mais me dói.

03/02/2012

Seinfeld e a filosofia do nada - parte 1

Sei que o blog é sobre cinema (o próprio nome diz), mas eu acredito que escrever sobre um seriado de sucesso é importante - e divertido - para mostrar que o cinema não é tudo. Para comemorar o novo layout do site (feito pelo digníssimo amigo Jey Pih, ilustrador e pixel artist nas horas vagas - http://c4ncel.deviantart.com/ e http://www.facebook.com/JoaoPedroPacheco irei postar um material mais longo sobre uma das mais bem sucedidas séries de humor da televisão. Esta será a primeira parte de uma série de três postagens sobre Seinfeld. Compartilhem! (ou não)
Sobre Seriados
A cultura norte americana de entretenimento por radiodifusão (radio, televisão, informática), chamado lá de broadcast, é reconhecida mundialmente por ser uma identidade própria, criada com base na cultura da sociedade para entreter a própria sociedade, que são apresentadas e representadas na televisão. Programas do tipo Talk Shows, ou Reality Shows não só foram criados nos Estados Unidos, como também são os mais veiculados (dos mesmos estilos) no mundo todo. Mas certamente, os programas norte americanos que dão mais audiência e são mais reconhecidos pelos cidadãos de todos os outros países, são os Seriados.
Dentro da categoria Seriados, existem dois subgêneros que preenchem a grade de programação das emissoras de televisão dos Estados Unidos: as Series e as Sitcoms. A definição das Series pode ser simplificado pelo tempo de duração e gênero, sendo cada episódio com uma duração média de 45 minutos (uma hora na programação, contando com o tempo dos intervalos) e em sua grande maioria, seu gênero é drama, ficção científica, suspense ou aventura. Já as Sitcoms (situação de comédia), o próprio nome responde seu gênero e duram cerca de 23 minutos (meia hora na programação, contando com o tempo dos intervalos). Fazendo uma média dos seriados que mais fazem sucesso e rendem dinheiro para as emissoras no mundo, as Sitcoms ganham facilmente, pois a princípio são mais baratas e fáceis de produzir. Se uma Sitcom não está fazendo sucesso, os produtores cancelam-na e produzem uma sitcom nova para emplacar na grade. Comparado com as Series, as Sitcoms duram muito mais tempo, podendo durar de oito à dez temporadas. E uma Sitcom que praticamente mudou o modo de se apresentar o humor ao público foi Seinfeld.
Os seriados humorísticos norte americanos costumavam narrar episódios com acontecimentos do cotidiano de famílias de todas as classes. Elencos formados por atores que representavam mães, pais, filhos, irmãos primos e vizinhos, passavam mensagens de cidadania e bons modos com um humor light e politicamente correto (para a época). Seinfeld, diferentemente destes seriados, introduziu como núcleo principal, quatro amigos que convivem juntos sem a “poítica de boa convivência” familiar. Iniciava-se aí a era do “politicamente incorreto”.
Sobre Seinfeld
Jerry Seinfeld é um humorista stand-up norte americano que fazia bastante sucesso na metade da década de 80. Com um potencial humorístico reconhecido pelos produtores da rede de televisão NBC, ele fora convidado para fazer um seriado humorístico com o tema que lhe mais agradasse. Seinfeld, como humorista stand-up, tinha vários amigos de palco. Dentre estes amigos, Larry David era quem também trabalhava na NBC escrevendo roteiros para esquetes do seriado Saturday Night Live, onde teve somente um roteiro gravado e que foi ao ar a um hora da madrugada (última esquete do programa), o que o fez largar o emprego... e voltar na semana seguinte como se nada tivesse acontecido. Este é um ótimo exemplo do seu gênio praticamente incontrolável e difícil, que, utilizando-se dele, escreve roteiros humorísticos que desafiam o correto e o bom senso.
Enquanto caminhavam juntos pelas ruas de New York e tentavam pensar em sobre o que o seriado trataria, Jerry e Larry pararam em uma banca de produtos chineses e começaram a zombar das mercadorias. Larry disse então para Jerry que o seriado devia ser sobre aquilo, zombar das coisas e das pessoas. Não havia outro tema. Na verdade, o ato de zombar é dificilmente considerado um tema. Ali estava. Uma série sobre “Nada”.
Com um orçamento baixo, Jerry e Larry escreveram o roteiro do episódio piloto apresentava o núcleo de três personagens, Jerry Seinfeld como um humorista stand-up que mora em um apartamento no subúrbio de Manhattam; Kramer, o vizinho aproveitador que está sempre no apartamento de Jerry procurando por comida, bebida, televisão ou o que quer que queira fazer; e George Constanza, o amigo excêntrico de Jerry, mal sucedido e problemático para com a vida (que não por acaso é o alter ego de Larry David). O episódio piloto mostra uma situação que para os olhos comuns, não seria nada de mais, mas que é levado ao extremo pelo próprio Larry David a fim de extrapolar com humor, uma situação simples. No piloto, uma antiga amiga de Jerry liga para ele dizendo que irá a New York a negócios e pergunta se pode dormir no apartamento de Jerry pois não encontrara nenhum apartamento de hotel decente na região. George percebe e tenta mostrar a Jerry os “sinais” de que a amiga quer algo com Jerry, fazendo-o preparar-se para uma noite de amor inesquecível e até esperada a um bom tempo. As situações criadas por Larry David são levadas ao extremo, apresentando um humor sarcástico e excêntrico, algo diferente na televisão.
Continua...
Kramer imitando Jerry

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