Há muito mais coisas entre o céu
e a terra do que pensa nossa vã filosofia. Levando em consideração que o céu é
o infindável espaço, Apollo 18 pode se enquadrar neste antigo ditado popular.
Seguindo a linha de filme
composto de imagens gravadas com cameras simples para arquivo, assim como A
Bruxa de Blair, Clooverfield e outros da mesma linha, Apollo 18 é composto de
mais de 80 horas de material gravado em uma suposta missão secreta que para o
resto do mundo, nunca aconteceu.
Somos apresentados a três
astronautas que foram chamados repentinamente para uma missão secreta. Assim,
vemos seus depoimentos antes da missão em imagens gravadas pela própria NASA,
mescladas à imagens de arquivo de uma confraternização entre os três colegas e
suas famílias.
Utilizando imagens de arquivo
reais de missões espaciais e imagens gravadas para o filme, o estilo
documental, a narrativa segue a linha cronológica dos acontecimentos, desde os
depoimentos dos astronautas no início do filme, passando pelo lançamento da
Apollo 18, chegando ao climax e ao desfecho ainda no espaço.
Esse ambiente ajuda a criar um
clima de suspense psicológico onde nos perguntamos “Que merda é aquela se
mexendo entre as pedras?” e “Que porra é essa que levou a câmera embora?”.
Confesso que fiquei um tanto
receoso antes de ver Apollo 18, pensando que possivelmente ele seguiria a idéia
de outros filmes que insistem em mostrar o(s) ser(es) extraterrestre(s) no
climax da narrativa, o que me faz desmerecer o filme de créditos pois os
realizadores acabam apelando para a aparência dos extraterrestres. Temos como
exeplo filmes como Sinais ou o remake de Guerra dos Mundos que utilizam pessimamente
a imagem dos extraterrestres quando não se é necessário mostrá-los, acabando
com a magia, suspense e seriedade do assinto. Contudo, a abordagem de Apollo
18, a narrativa linear e a apresentação dos seres lunares vão aos poucos nos
preparando para um ser alienígena de forma não convencional, como as que
estamos acostumados a relacionar suas aparências de cabeça e olhos grandes e
membros finos. Tudo isso aliado à relação que a NASA de Apollo 18 tem com seus
astronautas, mandando-os para uma missão praticamente suicida.
Para aqueles que gostam
erroneamente de relacionar os filmes pelos nomes, comparando dois filmes por
terem nomes semelhantes, não podemos relacionar Apollo 18 com Apollo 13,
estrelado por Tom Hanks. São duas abordagens, narrativas, estéticas e estilos
completamente diferentes, o que não necessariamente desmerece qualquer um dos
dois pois ambos são ótimos com relação aos seus objetivos.
Aconselho fortemente aos fãs de
ficção científica, de filmes estilo documentais e pessoas gostam de formar
teorias de conspirações. Apollo 18 chega a acender uma chama de reavaliação de
conceitos, fazendo os céticos a começar a pensar em teorias de conspirações, ou
fazer com que os teóricos de conspiração pensem mais ceticamente sobre o
assunto.
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