15/12/2011

Apollo 18 (ou quase)

Há muito mais coisas entre o céu e a terra do que pensa nossa vã filosofia. Levando em consideração que o céu é o infindável espaço, Apollo 18 pode se enquadrar neste antigo ditado popular.
Seguindo a linha de filme composto de imagens gravadas com cameras simples para arquivo, assim como A Bruxa de Blair, Clooverfield e outros da mesma linha, Apollo 18 é composto de mais de 80 horas de material gravado em uma suposta missão secreta que para o resto do mundo, nunca aconteceu.
Somos apresentados a três astronautas que foram chamados repentinamente para uma missão secreta. Assim, vemos seus depoimentos antes da missão em imagens gravadas pela própria NASA, mescladas à imagens de arquivo de uma confraternização entre os três colegas e suas famílias.
Utilizando imagens de arquivo reais de missões  espaciais e imagens gravadas para o filme, o estilo documental, a narrativa segue a linha cronológica dos acontecimentos, desde os depoimentos dos astronautas no início do filme, passando pelo lançamento da Apollo 18, chegando ao climax e ao desfecho ainda no espaço.
Esse ambiente ajuda a criar um clima de suspense psicológico onde nos perguntamos “Que merda é aquela se mexendo entre as pedras?” e “Que porra é essa que levou a câmera embora?”.
Confesso que fiquei um tanto receoso antes de ver Apollo 18, pensando que possivelmente ele seguiria a idéia de outros filmes que insistem em mostrar o(s) ser(es) extraterrestre(s) no climax da narrativa, o que me faz desmerecer o filme de créditos pois os realizadores acabam apelando para a aparência dos extraterrestres. Temos como exeplo filmes como Sinais ou o remake de Guerra dos Mundos que utilizam pessimamente a imagem dos extraterrestres quando não se é necessário mostrá-los, acabando com a magia, suspense e seriedade do assinto. Contudo, a abordagem de Apollo 18, a narrativa linear e a apresentação dos seres lunares vão aos poucos nos preparando para um ser alienígena de forma não convencional, como as que estamos acostumados a relacionar suas aparências de cabeça e olhos grandes e membros finos. Tudo isso aliado à relação que a NASA de Apollo 18 tem com seus astronautas, mandando-os para uma missão praticamente suicida.
Para aqueles que gostam erroneamente de relacionar os filmes pelos nomes, comparando dois filmes por terem nomes semelhantes, não podemos relacionar Apollo 18 com Apollo 13, estrelado por Tom Hanks. São duas abordagens, narrativas, estéticas e estilos completamente diferentes, o que não necessariamente desmerece qualquer um dos dois pois ambos são ótimos com relação aos seus objetivos.
Aconselho fortemente aos fãs de ficção científica, de filmes estilo documentais e pessoas gostam de formar teorias de conspirações. Apollo 18 chega a acender uma chama de reavaliação de conceitos, fazendo os céticos a começar a pensar em teorias de conspirações, ou fazer com que os teóricos de conspiração pensem mais ceticamente sobre o assunto.

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