21/01/2012

A Hora da Escuridão... Eterna... espero eu

Estamos próximos do fim da onda de filmes de invasão alienígena a Terra. Para aqueles que não sabem, Hollywood faz a cada três ou quatro anos, uma pesquisa sobre qual o tipo de filme o público gostaria de assistir no cinema.  A última onda de filmes a marcar presença nos cinemas são os filmes de invasão alienígena. E para fechar com chave de outro, trancando o filme dentro de um cofre para ser jogado no fundo do mar para ser esquecido pela raça humana e, quando uma raça alienígena enfim conquistar a terra, encontrar o cofre com o filme dentro, eles poderão ver que fomos difíceis de sermos conquistados. A Hora da Escuridão é mais um exemplo onde a raça humana leva um verdadeiro “cagaço” de uma invasão não premeditada de uma raça alienígena aparentemente sem ponto fraco ou defeitos.
Produzido pela mesma mente brilhante de Guardiões do Dia e da Noite, Timur Bekmambetov, e dirigido por Chris Gorak, diretor de arte dos clássicos Minority Report, Club Fight e Tombstone, A Hora da Escuridão nasceu à sombra da onda de filmes sobre invasão alienígena a Terra que tanto esteve presente nos cinemas de todo o mundo por durante os últimos quatro anos.
Acompanhamos um pequeno grupo de jovens que tenta sobreviver em uma Moscou dizimada por uma invasão de seres alienígenas compostos basicamente de ondas eletromagnéticas que, ao entrar em contato com os humanos, os desintegra, transformando-os em pó. Não deixa de ser uma premissa clichê com um toque de novidade, relacionado à origem e forma dos seres invasores.
Com atuações sofríveis, comparados à novela Amor e Revolução do SBT, onde os atores parecem robôs sentimentais com falas decoradas de ponta a ponta e diálogos dignos de diálogos do anime Dragon Ball Z, onde há breves discursos para o aumento da moral da equipe e repetições de pequenas frases te impacto, fazem com que A Hora da Escuridão beire ao trash hollywoodiano, onde produções bem feitas com sérios cortes orçamentários pequem no desenvolvimento de uma boa história.
Com uma premissa interessante, onde alienígenas invadem a Terra por algum motivo banal, o roteiro pessimamente desenvolvido acaba destruindo uma boa história, cujos alguns dos maiores pecados são a conveniência. Esta conveniência que está presente em quase todo o filme nos é apresentado de modo a ensinar-mos que se qualquer pessoa for fluente em inglês, pode facilmente conseguir ajuda com algum russo, que de acordo com o filme, praticamente todos são fluente em inglês.
Depois de assistir A Hora da Escuridão, prevejo inúmeras piadas sobre a “Reversal Russia”, dizendo coisas como “Na reversal Russia, quem invade leva pau!”. Depois de os alienígenas “passarem o rodo” nos humanos, quando passamos a seguir o pequeno grupo sobrevivente, conveniências muito além do normal parecem conspirar pela sobrevivência dos jovens, forçando uma risada natural do público que não foi atingido pela Suspensão da Descrença, cuja tentativa de exposição falhara miseravelmente. Mesmo esfregando na cara dos espectadores os merchandising de grandes marcas como McDonalds e Pepsi, não conseguimos acreditar que o fato realmente poderia acontecer.
Cinematograficamente falando, A Hora da Escuridão não passa de uma bobagem de ficção científica que mostra o insistente instinto de sobrevivência dos seres humanos. Mas uma grande parte de mim é facilmente encantada por filmes cuja narrativa mostram uma queda absurdamente gigante da densidade demográfica dos seres humanos no planeta Terra. Sim! Gosto de filmes onde aparecem seres humanos morrendo. Para mim, é o que eles merecem. Mas o modo como eles morrem – desintegrados – chama-me a atenção por ser uma proposta relativamente nova, principalmente pelo fato de se passar na Russia.
Definitivamente, não indico as versões em 3D, pois somente um único tipo de explosão é “beneficiado” com os efeitos em 3D. Para aqueles que gostam de ficção científica, indico assistir o filme em 2D nos cinemas mais humildes durante a semana.

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