Estamos próximos do fim da onda
de filmes de invasão alienígena a Terra. Para aqueles que não sabem, Hollywood
faz a cada três ou quatro anos, uma pesquisa sobre qual o tipo de filme o
público gostaria de assistir no cinema. A última onda de filmes a marcar
presença nos cinemas são os filmes de invasão alienígena. E para fechar com
chave de outro, trancando o filme dentro de um cofre para ser jogado no fundo
do mar para ser esquecido pela raça humana e, quando uma raça alienígena enfim
conquistar a terra, encontrar o cofre com o filme dentro, eles poderão ver que
fomos difíceis de sermos conquistados. A Hora da Escuridão é mais um exemplo
onde a raça humana leva um verdadeiro “cagaço” de uma invasão não premeditada
de uma raça alienígena aparentemente sem ponto fraco ou defeitos.
Produzido pela mesma mente
brilhante de Guardiões do Dia e da Noite, Timur Bekmambetov, e dirigido por
Chris Gorak, diretor de arte dos clássicos Minority Report, Club Fight e
Tombstone, A Hora da Escuridão nasceu à sombra da onda de filmes sobre invasão
alienígena a Terra que tanto esteve presente nos cinemas de todo o mundo por
durante os últimos quatro anos.
Acompanhamos um pequeno grupo de
jovens que tenta sobreviver em uma Moscou dizimada por uma invasão de seres
alienígenas compostos basicamente de ondas eletromagnéticas que, ao entrar em
contato com os humanos, os desintegra, transformando-os em pó. Não deixa de ser
uma premissa clichê com um toque de novidade, relacionado à origem e forma dos
seres invasores.
Com atuações sofríveis,
comparados à novela Amor e Revolução do SBT, onde os atores parecem robôs
sentimentais com falas decoradas de ponta a ponta e diálogos dignos de diálogos
do anime Dragon Ball Z, onde há breves discursos para o aumento da moral da
equipe e repetições de pequenas frases te impacto, fazem com que A Hora da
Escuridão beire ao trash hollywoodiano, onde produções bem feitas com sérios
cortes orçamentários pequem no desenvolvimento de uma boa história.
Com uma premissa interessante,
onde alienígenas invadem a Terra por algum motivo banal, o roteiro pessimamente
desenvolvido acaba destruindo uma boa história, cujos alguns dos maiores
pecados são a conveniência. Esta conveniência que está presente em quase todo o
filme nos é apresentado de modo a ensinar-mos que se qualquer pessoa for
fluente em inglês, pode facilmente conseguir ajuda com algum russo, que de
acordo com o filme, praticamente todos são fluente em inglês.
Depois de assistir A Hora da
Escuridão, prevejo inúmeras piadas sobre a “Reversal Russia”, dizendo coisas
como “Na reversal Russia, quem invade leva pau!”. Depois de os alienígenas
“passarem o rodo” nos humanos, quando passamos a seguir o pequeno grupo
sobrevivente, conveniências muito além do normal parecem conspirar pela
sobrevivência dos jovens, forçando uma risada natural do público que não foi
atingido pela Suspensão da Descrença, cuja tentativa de exposição falhara
miseravelmente. Mesmo esfregando na cara dos espectadores os merchandising de
grandes marcas como McDonalds e Pepsi, não conseguimos acreditar que o fato
realmente poderia acontecer.
Cinematograficamente falando, A
Hora da Escuridão não passa de uma bobagem de ficção científica que mostra o
insistente instinto de sobrevivência dos seres humanos. Mas uma grande parte de
mim é facilmente encantada por filmes cuja narrativa mostram uma queda
absurdamente gigante da densidade demográfica dos seres humanos no planeta
Terra. Sim! Gosto de filmes onde aparecem seres humanos morrendo. Para mim, é o
que eles merecem. Mas o modo como eles morrem – desintegrados – chama-me a
atenção por ser uma proposta relativamente nova, principalmente pelo fato de se
passar na Russia.
Definitivamente, não indico as
versões em 3D, pois somente um único tipo de explosão é “beneficiado” com os
efeitos em 3D. Para aqueles que gostam de ficção científica, indico assistir o
filme em 2D nos cinemas mais humildes durante a semana.
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