A vida não é um conto de fadas. Não existem princesas,
príncipes ou finais felizes. O fim nunca é feliz. E sim! Tudo tem um fim.
Tommy Lee Jones é Branco e ateu convicto. Samuel L. Jackson
é Preto e católico fervoroso. Coloque ambos em uma sala de um apartamento
trancado, para que cada um exponha sua opinião sobre a vida, e a morte. O meio
e o fim.
Dirigido por Tommy Lee Jones e roteiro adaptado pelo próprio
autor do livro homônimo, Cormac McCarthy expõe uma opinião que é compartilhada
por pouquíssimas pessoas neste mundo triste que vivemos. Dentro da sala, somos
espectadores de uma longa conversa sobre bondade, maldade, honestidade,
falsidade e inúmeros outros conceitos que levamos durante nossas vidas até a
nossa morte.
Lentamente nos envolvemos com as histórias de vida e motivos
do por que cada um passou a levar a vida que tem agora. Infelizmente essa
lentidão deve-se a divagações passadas tão rapidamente que até perdemos a linha
de raciocínio, mas que logo podemos voltar a acompanhá-la em uma divagação
posterior que sempre tem como plano de fundo, a tentativa de entender as
crenças de cada um e uma tentativa quase sempre inútil de um tentar fazer com
que o outro entenda o seu lado. Lados completamente opostos, assim como a
religiosidade e o ateísmo. Assim como o Preto e o Branco.
A contravenção do nome em relação à sua crença nos mostra
que podemos fisicamente representar uma realidade, mas psicologicamente podemos
ser completamente diferentes, o exato contrário. O Preto e a luz contra o
Branco e a escuridão.
Durante toda a conversa, podemos mudar nossos pontos de
vista sobre cada assunto a cada vez que Preto e Branco falam, mas somente um
tem a resposta das perguntas. De duas opiniões diferentes, somente um sairá
convicto de suas crenças. Quem será? Preto ou Branco.
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