27/11/2011

The Sunset Limited

A vida não é um conto de fadas. Não existem princesas, príncipes ou finais felizes. O fim nunca é feliz. E sim! Tudo tem um fim.
Tommy Lee Jones é Branco e ateu convicto. Samuel L. Jackson é Preto e católico fervoroso. Coloque ambos em uma sala de um apartamento trancado, para que cada um exponha sua opinião sobre a vida, e a morte. O meio e o fim.
Dirigido por Tommy Lee Jones e roteiro adaptado pelo próprio autor do livro homônimo, Cormac McCarthy expõe uma opinião que é compartilhada por pouquíssimas pessoas neste mundo triste que vivemos. Dentro da sala, somos espectadores de uma longa conversa sobre bondade, maldade, honestidade, falsidade e inúmeros outros conceitos que levamos durante nossas vidas até a nossa morte.
Lentamente nos envolvemos com as histórias de vida e motivos do por que cada um passou a levar a vida que tem agora. Infelizmente essa lentidão deve-se a divagações passadas tão rapidamente que até perdemos a linha de raciocínio, mas que logo podemos voltar a acompanhá-la em uma divagação posterior que sempre tem como plano de fundo, a tentativa de entender as crenças de cada um e uma tentativa quase sempre inútil de um tentar fazer com que o outro entenda o seu lado. Lados completamente opostos, assim como a religiosidade e o ateísmo. Assim como o Preto e o Branco.
A contravenção do nome em relação à sua crença nos mostra que podemos fisicamente representar uma realidade, mas psicologicamente podemos ser completamente diferentes, o exato contrário. O Preto e a luz contra o Branco e a escuridão.
Durante toda a conversa, podemos mudar nossos pontos de vista sobre cada assunto a cada vez que Preto e Branco falam, mas somente um tem a resposta das perguntas. De duas opiniões diferentes, somente um sairá convicto de suas crenças. Quem será? Preto ou Branco.

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