Nosferatu foi, talvez, a primeira
adaptação de um livro para o cinema. O livro é o mundialmente conhecido Drácula
de Bram Stoker. Porém, por não ter sido autorizado por sua viúva, o nome do
filme, dos personagens e dos locais foram todos modificados, mas assim mesmo, a
história continuava a mesma, o que ocasionou a destruição de todas as cópias
que fossem encontradas pela justiça, evitando qualquer violação dos direitos
autorais do livro, que pertenciam à viúva de Bram Stoker. Contudo, muitas das
cópias foram guardadas e ficaram escondidas até sua morte. Hoje, o filme
pertence ao domínio público.
Nosferatu, de F. W. Murnau, é um
clássico do expressionismo alemão, com um horror que ainda hoje é explorado com
filmes de grandes orçamentos e efeitos especiais revolucionários. Embora
Nosferatu seja de 1922, ele foi uma grande produção para a época, devido ao seu
grande sucesso e aos efeitos especiais que eram novidade para o público da
época. Cenas claustrofóbicas com o Conde Orlok (O Nosferatu) aparecendo e
desaparecendo pelos corredores de seu castelo, seus dedos longos e finos que
causam arrepios ao serem vistos somente em sombras na parede, efeitos em
stop-motion para representar seus poderes “sobrenaturais” de movimentar os
objetos com sua mente. Fico imaginando as senhoras e senhoritas daquela época,
fechando os olhos quando o Conde Orlok aparece na porta do quarto do seu
castelo, onde Thomas Hutter está hospedado. Com certeza, eu não conseguiria nem
dormir se eu vivesse naquela época e tivesse visto esta maravilhosa obra. Para
mim, esta é uma das cenas mais perturbadoras de todos os filmes que já vi.
Em 1979, foi lançado Nosferatu:
Phantom der Nacht, remake do clássico de F. W. Murnau, mas que obteve tanto
sucesso quanto muitos outros filmes sobre vampiros feitos até hoje, em que
dentre estes já feitos, destacam-se Dracula (1958), com os mestres do cinema (e
grandes amigos) Peter Cushing e Christopher Lee (Doutor Van Helsing e Conde
Drácula respectivamente); Bram Stoker's Dracula (1992), Gary Oldman, Winona Ryder,
Keanu Reeves e Antony Hopkins (Vlad Tepes / Drácula, Elisabetha / Mina,
Jonathan Harker e Abraham Van Helsing respectivamente); Interview with the
Vampire: The Vampire Chronicles (1994), com Tom Cruise, Brad Pitt e Antonio
Banderas (Lestat de Lioncourt, Louis de Pointe du Lac e Armand
respectivamente), entre muitos outros que exploram todo o mito por trás dos
vampiros.
Vampiros são hoje, uma boa fonte
de cultura, diversão, imaginação e medo, isso devido aos livros, filmes,
quadrinhos e jogos de videogame e RPG, que foram todos inspirados, não somente
na fantástica história de Bram Stoker, mas também da influência artística
proporcionada por Nosferatu.
Curiosidade:
Alguém sabe de onde veio a
inspiração de Michael Jackson em um de seus clássicos passes no clipe Thriller?
Aquele em que ele ergue um braço, com os dedos estendidos, um pouco acima do
outro, ambos virados para o mesmo lado, enquanto Jackson olha para frente e
canta?
Ele foi baseado em uma cena que
nunca foi lembrada quando se falou do filme. Ela marca a parte final da obra,
quando Conde Orlok se retira de sua nova residência, em frente à casa dos
Hutter e vai à casa de seus vizinhos para saciar sua sede de sangue com o belo
pescoço de Ellen Hutter. Esta cena se passa a cerca do minuto 86 do filme.
Termino esta postagem com um
desenho que meu amigo Rodrigo Reis fez em homenagem a essa magnífica obra.
Segue seu blog/portifólio: http://rodrigobreis.carbonmade.com/
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