Clássicos
da literatura de Ficção-Científica no cinema
Ao
final da década de 40, com as cicatrizes do pós-guerra, o mundo estava se
reerguendo sobre o medo da eclosão de um novo conflito que poderia iniciar-se a
qualquer momento. Este era o início da guerra fria, onde os Estados Unidos
aguardava um ataque da União Soviética, que esperava o mesmo do país americano.
Como a maioria dos blockbusters sempre foi produzido em Hollywood, haviam
grandes interesses por parte do governo norte americano de disseminar a ideia
de que a União Soviética era ruim para a vida e os bons costumes do cidadão
americano. Assim começaram a surgir filmes de Ficção Científica que mostravam
seres alienígenas provenientes de marte, nomeados como Marcianos, invadindo a
terra, destruindo os Estados Unidos e deixando nosso planeta completamente
desestruturado. Uma analogia direta ao comunismo da União Soviética que se
tomassem controle da terra, destruiriam tudo à sua volta com seu “sistema
econômico falho”, além da analogia direta à cor vermelha que está tanto na
bandeira comunista como na atmosfera de Marte.

Pouco
antes, em 1951, o filme O Dia em Que a Terra Parou, adaptado do conto Adeus ao
Mestre de Harry Bates, mostra o lado pacífico de um possível contato entre
humanos e seres extraterrestres. Contudo, o alienígena chamado Klaatu,
acompanhado de seu robô chamado Gort, é alvejado por um tiro enquanto declarava
um discurso de paz. Esta foi uma tentativa alegórica de mostrar que seria
possível, naquela época, um tratado de paz entre União Soviética e Estados
Unidos, mesmo ambos tendo culturas, políticas e economias diferentes.
É
Possível notar que esta abordagem de pacificação não fez muito sucesso durante
a guerra fria, gerando durante as décadas de 50 e 60 inúmeros filmes com a
palavra Marte no titulo, fazendo as mesmas analogias e alegorias representando
os comunistas como os marcianos invadindo e destruindo a terra.
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