31/05/2012

A Ficção Científica no Cinema - Parte 4 - Corrida Espacial


                  A Corrida Espacial no Cinema
                  A década de 60 foi marcada pela acirrada corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, representados no cinema com um aumento de filmes de Ficção Científica espacial, onde eram representadas viagens intergalácticas para outros planetas além de Marte e envolvendo os personagens humanos em diversos outros conflitos relacionados à existência humana, com questões sociais e filosóficas.

                  Uma questão curiosa é de que teóricos de conspiração acreditam que anos depois de a União Soviética ter levado o primeiro homem ao espaço, o governo dos Estados Unidos precisava se mostrar mais avançado tecnologicamente, mas como não haviam conseguido muitos avanços no projeto espacial e levando em conta que seu principal objetivo era de levar o homem à lua, o governo teria contratado o cineasta Stanley Kubrick, que lançara em 1968 o que muitos consideram a maior obra cinematográfica de Ficção Científica da história, 2001: Uma Odisséia no Espaço, para dirigir o que a NASA apresentaria ao mundo como a chegada do homem à lua.
                  2001: Uma Odisséia no Espaço adaptado da obra de Arthur C. Clarke, foi co-escrito pelo próprio Kubrick e ambos (livro e filme) lançados no mesmo ano, tiveram uma preparação paralela. Kubrick utilizou-se de imagens ao invés de palavras para expressar uma viagem transcendental do homem, tanto física como espiritual.
                  No mesmo ano, O Planeta dos Macacos surgiu para nos apresentar um astronauta que se perde no espaço e cai em um planeta onde os humanos são prisioneiros e escravos dos macacos do titulo. Temos aí mais uma alegoria às diferenças sociais de raça, cor e credo que tanto abalaram a história da humanidade. É fácil notar que a grande maioria dos filmes de Ficção Científica são alegorias às questões humanas relacionados aos problemas citados acima e a diversos outros que vemos ainda na sociedade de hoje.

29/05/2012

Basil Poledouris, O Bárbaro

Clique para ouvir a música enquanto lê.




O greco-americano Basil Poledouris estudou na Escola de Cinema da USC, frequentada na época também por George Lucas e John Milius, onde este segundo tornaria-se seu grande parceiro no futuro.
Poledouris foi reconhecido na época por não só dirigir filmes, mas também por criar suas próprias trilhas sonoras, contudo, depois de sua primeira parceria com seu antigo amigo da universidade John Millius, que convidou-o a compor para seu filme Big Wednesday, um "surf-movie" de 1978, Basil deixou de dirigir filmes e dedicou-se somente à composição de músicas para o cinema.
Dentre às suas primeiras obras, a de maior sucesso e também reconhecida como sua obra-prima é a trilha de Conan, O Bárbaro (1982), também do amigo John Millius. Posteriormente, composições para filmes como Conan, O Destruidor (1984), Caçada ao Outubro Vermelho (1990) e Top Gang 2: A Missão (1993) marcaram Polidouris como um compositor versátil, que transpõe a essência dos filmes em suas trilhas.
Suas composições mais marcantes, além dos dois filmes do Conan, são Robocop (1987) e, em especial para mim, Tropas Estelares (1997), ambos dirigidos por seu amigo, Paul Verhoven.
A trilha de Tropas Estelares marcou a carreira de Polidouris por conter elementos amplamente dominados pelo compositor, como a precurssão e metais graves, que embalam marchas militares e transportam à essência militarista do filme, que não passa de uma grande sátira adaptada do livro homônimo escrito por um dos maiores escritores de literatura de ficção-científica, Robert E. Heinlein.
Basil Poledouris faleceu em 2006, vítima de câncer. Compôs em sua vida, 55 obras para cinema e televisão. Sua última aparição pública foi no Congresso de Música de Cinema ÚBEDA, em 2006. Na ocasião, ele regeu a música Anvil of Crom, trilha de seu maior sucesso, Conan: O Bárbaro.


25/05/2012

25 de Maio, Dia da Toalha

            "Há uma teoria que indica que sempre que qualquer um descobrir exatamente o que, para que e porque o universo está aqui, o mesmo desaparecerá e será substituído imediatamente por algo ainda mais bizarro e inexplicável... Há uma outra teoria que indica que isto já aconteceu." - Douglas Adams
            Hoje é dia 25 de maio, Dia da Toalha! Mas vocês sabem o que é o Dia da Toalha? Dê um play na música abaixo e divirta-se lendo.

Não entre em pânico e carregue sua toalha.
Sempre!
            Douglas Noël Adams foi  criador e escritor da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, lançado originalmente como uma mini-série da BBC e posteriormente, adaptado por ele mesmo, lançado como uma série de cinco livros.
            Em O Guia do Mochileiro das Galáxias, acompanhamos a vida de um pacato cidadão inglês chamado Arthur Dent, que é salvo por seu amigo Ford Perfect, um alienígena disfarçado de ator desempregado, da explosão da Terra. Mas não estou escrevendo sobre o Guia do Mochileiro das Galáxias. Preciso citá-lo para introduzir o assunto do momento. Em um trecho do Guia, Adams explica a extrema importância da toalha para qualquer um, principalmente se este for um mochileiro e estiver viajando pela galáxia.
            "Segundo o Guia do Mochileiro das galáxias, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá- la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você ― estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa."
Douglas Adams, o gênio enrolado em uma toalha.
            A toalha é então reconhecida como um dos maiores ícones do mundo nerd. Mas por que o dia 25 de Maio?
            Douglas Adams faleceu no dia 11 de maio de 2001, aos 49 anos. Comovidos pela morte do grande ídolo, um grupo de fãs de Adams e de seus livros, resolveu homenageá-lo, exatamente duas semanas após seu falecimento, saindo de casa para trabalhar e/ou estudar, carregando uma toalha. Desde então, todos os anos, os fãs do Guia e de Adams participam desta singela homenagem.
            Um fato curioso é que o dia 25 de maio é tambem conhecido como o Dia do Orgulho Nerd, não só pelo dia da toalha, mas porque nesta data, do ano de 1977, acontecia a premiére mundial da maior saga de ficção científica e ícone do mundo nerd, Star Wars - Uma Nova Esperança. Mas não desmerecendo o lançamento de minha saga favorita, já que George Lucas ainda vive, mantemos então a homenagem a Douglas Adams, que contribuiu muito para a cultura pop, nerd e geek com um casamento harmônico entre ficção científica e humor.
            O site oficial do Dia da Toalha é http://www.towelday.org/ e abaixo segue a terceira parte do Arrombacast onde eu falo sobre o Guia do Mochileiro das Galáxias.


            Tenham todos um ótimo Dia da Toalha!

18/05/2012

Pelle, O Conquistador (Pelle Erobreren - 1987 - Dinamarca/Suécia)


            A partir da segunda metade do século XIX, houve uma grande revolução industrial na Europa, onde grandes fábricas passaram a substituir não só os produtos que fabricavam como também a mão de obra, que passou a ser composta de máquinas operadas por uma pequena quantidade de trabalhadores, deixando assim uma grande parcela dos funcionários desempregados. Numa época em que a produção aumentou sua escala e os gastos passaram a diminuir, a burguesia lucrava mais, gastava menos com funcionários que, ganhando pouco, gastavam menos ainda, mantendo a circulação monetária praticamente parada. Em busca de novas oportunidades de trabalho, famílias inteiras passaram a migrar para outros países, a fim de conseguirem trabalho e uma vida mais próspera. E é na Dinamarca, da segunda metade do século XIX, com a imigração dos cidadãos suecos à procura de trabalho, que encontramos o jovem garoto de treze anos que dá nome ao filme.
            Pelle, O Conquistador conta a história de Lassegar, interpretado por Max von Sydow, o Padre Merrin de O Exorcista (1973), já idoso e pai do garoto chamado Pelle, que juntos migram para a Dinamarca à procura de trabalho e uma vida melhor após passarem anos de dificuldade depois da morte da mãe do garoto. O filme acompanha os dois breves anos em que o garoto e seu pai trabalham em uma fazenda.

            Retratando em pequenos acontecimentos a sociedade da época, assuntos como pobreza, religiosidade, adultério, aborto, bulling (termo novo para uma atitude já tão antiga), entre outros, compõem o roteiro desta história comovente em que o garoto almeja uma vida melhor, diante das dificuldades impostas pela sociedade burguesa industrialista que já começava a explorar o trabalho braçal.
            Logo no início, pouco depois de Pelle e Lassegar começarem a trabalhar na fazenda, o garoto é deixado seminu diante dos outros trabalhadores, enquanto é agredido à chibatadas pelo aprendiz de capataz que, pela superioridade de seu posto, aproveita-se dos empregados de maneira arrogante e estúpida. Mais adiante, é assediado pelos colegas da escola onde estuda, pelo fato de seu pai estar dormindo com a mulher do pescador Olsen, que por não ter voltado do mar a um ano, acredita-se que tenha falecido, o que não muda em nada o fato de  acusarem a Madame Olsen de adultério e Lassegar de aliciamento amoroso.
            Com o decorrer da narrativa, novos personagens são apresentados, como o Sr. Kongstrup, o fazendeiro rico e adúltero, cuja mulher é chamada de bruxa pelos funcionários da fazenda por passar noites inteiras bebendo e chorando e, mesmo depois de ter vivido anos com o seu marido, nunca concedeu-lhe um filho, algo que era mal visto na época, quando era de extrema importância as famílias terem filhos para sua sucessão e herdarem todos os seus bens.

            Cercado de pessoas que lhe querem o bem, Pelle conhece outro funcionário da fazenda, Erik Paaske, que planeja trabalhar na fazenda só durante os dois anos que seu contrato lhe oferece e, após receber o pagamento pelo trabalho, incita Pelle a viajar pelo mundo e conquistar países distantes. Notamos ao final do filme que o nome "O Conquistador" ("Erobreren" no original) refere-se tanto à sua viajem para "conquistar" o mundo, como também ao termo conquistar usado como sinônimo de cativar, neste caso, as pessoas que vivem próximas a ele e o apreciam pelo bom garoto que é. Por desentendimentos com o capataz, Erik acaba se acidentando com uma pedra atingindo sua cabeça e deixando-o deficiente mental, acabando assim com o sonho de ele e Pelle saírem juntos da fazenda e conquistarem o mundo.
            As alegorias utilizadas no filme que representam a sociedade da época mostram as mais variadas e absurdas situações, como quando o Sr. e a Sra. Kongstrup recebem a sobrinha da patroa para passar uma temporada na casa. Muito bem tratada pelos funcionários e pelo próprio fazendeiro, sente-se alegre e muito à vontade enquanto vive na fazenda. Logo, acontece uma feira próximo à fazenda, onde os funcionários e os patrões tiram o dia de folga para se divertirem, que é quando o Sr. Kongstrup relaciona-se com sua sobrinha e tira-lhe a virgindade. Depois que retornam à casa, a garota é surpreendida por sua tia enquanto arruma suas malas, em uma mudança repentina e aparentemente sem motivo. Após descobrir a traição, a Sra. Kongstrup vinga-se de seu marido de forma sangrenta. Notamos, como exemplo esta passagem da história, a submissão e opressão da mulher do fazendeiro, semelhante ao povo trabalhador da época, quando era oprimido pela burguesia. Sua vingança representa as revoltas do povo contra os patrões, obrigando os governos a criarem leis trabalhistas que garantiam inúmeros direitos aos trabalhadores. Após a vingança, vemos o Sr. e a Sra. Kongstrup em um relacionamento de aparente igualdade e respeito mútuo, frio e independente, em paz.
            Pelle, O Conquistador recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1987. É uma coprodução Dinamarca/Suécia, dirigido por Billie August, que também assina o roteiro. Baseado no livro intitulado "Infância", do escritor Martim Anderson Nexo, é considerado uma das obras literárias mais importantes da Dinamarca.

16/05/2012

Corações Não Assim Tão Bondosos



            No decorrer das eras, é interessante notar o quanto as diferentes formas de arte influenciam umas as outras. É comum encontrar musica influenciada por filmes de horror, assim como filmes influenciados por música (como Woody Allen e seu amor por jazz que pulsa por provavelmente todos seus filmes, pelo menos os ambientados em Nova Iorque). Da mesma forma, e provavelmente numa frequência maior, temos filmes influenciados por escritores – ao ponto de darmos um termo que remeta diretamente a um autor.
            Temos filmes, por exemplo, “dostoievskianos”. Claro que isso pode representar um alusão a faceta de abordar personagens cuja introspecção se faz ouvida (ou não há um pouco do protagonista de  Notas Do Subsolo em todos os problemáticos do cinema, como Travis Binkle?) ou aquela fatalista e irônica, do destino guiado por aleatoriedades (como o declaradamente influenciado “Match Point”, de Woody Allen, e que não é a única obra desse autor, confessadamente fã de Dostoievsky , a ter esse tom).
            “Kind Hearts and Coronets” (As Oito Vitimas),  filme de 1949 de Robert Hamer, estrelando Alec Guiness (que manteve uma parceria com o diretor em mais filmes) faz um misto de ambas as categorizações da influência do escritor russo:  o personagem de Guiness nos revela seus pensamentos através da narração ao mesmo tempo que os acontecimentos se dão até chegar num ápice dostoieviskiano.
            Através de uma narrativa bem contida e sem muitas firulas, Hamer torna o que poderia ser uma corriqueira história de vingança e assassinato num interessante estudo de personagem. Reforça essa noção ainda o fato de se tratar de, à princípio, um anti-herói, mas que é espertamente desconstruído através da duração do longa. A maior prova de que este foi o melhor caminho é de que, de fato, sentimos simpatia pelo personagem,  e esta simpatia perdura até mesmo depois que ele toma atitudes moralmente duvidosas, até para um anti-herói.
            É nesse tom, de típico Dostoievski,  que o protagonista se utiliza de subterfúgios, como a “missão” de vingar a mãe, mas que nada mais são mascaras para esconder os seus verdadeiros motivos mesquinhos (é só notar como ele reclama durante bom tempo do filme das coisas que ele tem que fazer para poder sobreviver, como se estivessem roubando dele uma posição mais nobre na sociedade – um comportamento nada humilde).
            Relacionado ao fato do filme tratar um vilão como anti-herói, é o clima tranquilo com o qual as mortes são tratadas – não há qualquer ponta de drama exagerado, e os assassinatos são tratados quase como brincadeira.  A calma e o teor irônico da narração de Guiness ainda servem para exacerbar esta noção.
            Por fim, impossível deixar de notar a incrível multiplicação de Guiness (impossível não falar dele repetidamente – ele é o astro do show aqui, acima de tudo) em oito (!) personagens, feito que, aliado ao trabalho de maquiagem de mais de 60 anos atrás, impressiona muito mais do que as peripécias semelhantes da atualidade. Sim, é de você mesmo que falo, Eddie Murphy.

14/05/2012

A Ficção Científica no Cinema - Parte 3 - Clássicos da Literatura no Cinema


                  Clássicos da literatura de Ficção-Científica no cinema

                  Ao final da década de 40, com as cicatrizes do pós-guerra, o mundo estava se reerguendo sobre o medo da eclosão de um novo conflito que poderia iniciar-se a qualquer momento. Este era o início da guerra fria, onde os Estados Unidos aguardava um ataque da União Soviética, que esperava o mesmo do país americano. Como a maioria dos blockbusters sempre foi produzido em Hollywood, haviam grandes interesses por parte do governo norte americano de disseminar a ideia de que a União Soviética era ruim para a vida e os bons costumes do cidadão americano. Assim começaram a surgir filmes de Ficção Científica que mostravam seres alienígenas provenientes de marte, nomeados como Marcianos, invadindo a terra, destruindo os Estados Unidos e deixando nosso planeta completamente desestruturado. Uma analogia direta ao comunismo da União Soviética que se tomassem controle da terra, destruiriam tudo à sua volta com seu “sistema econômico falho”, além da analogia direta à cor vermelha que está tanto na bandeira comunista como na atmosfera de Marte.
                  Em 1953, foi lançado a adaptação da obra de H. G. Wells, Guerra dos Mundos, que aproveitaria a alegoria que Wells utilizara para representar a Inglaterra como exploradora marítima e colonizadoras de terras e povos. Em Guerra dos Mundos, a humanidade, já fadada à destruição pelos marcianos invasores, é salva quando os próprios invasores começam a adoecer e morrer devido aos microorganismos encontrados na Terra. No filme, os marcianos representam os nazistas, que depois de se expandirem com atitudes prepotentes, acabaram sendo derrotados por sua própria  arrogância.
                  Pouco antes, em 1951, o filme O Dia em Que a Terra Parou, adaptado do conto Adeus ao Mestre de Harry Bates, mostra o lado pacífico de um possível contato entre humanos e seres extraterrestres. Contudo, o alienígena chamado Klaatu, acompanhado de seu robô chamado Gort, é alvejado por um tiro enquanto declarava um discurso de paz. Esta foi uma tentativa alegórica de mostrar que seria possível, naquela época, um tratado de paz entre União Soviética e Estados Unidos, mesmo ambos tendo culturas, políticas e economias diferentes.
                  É Possível notar que esta abordagem de pacificação não fez muito sucesso durante a guerra fria, gerando durante as décadas de 50 e 60 inúmeros filmes com a palavra Marte no titulo, fazendo as mesmas analogias e alegorias representando os comunistas como os marcianos invadindo e destruindo a terra.

11/05/2012

O Mundo Fantástico de H. P. Lovecraft

Pois então, gente. Nesta sexta farei uma postagem diferente. Não falarei de filme menhum, mas sobre um projeto de um louvável grupo de pessoas que decidiu traduzir, editar e lançar um livro contendo uma antologia de alguns dos melhores contos de um dos maiores escritores de literatura de suspense e horror, H. P. Lovecraft.



O livro, intitulado "O Mundo Fantástico de H. P. Lovecraft", é um projeto conjunto de fãs do escritor. Organizado por Denílson Ricci, criador do site http://www.sitelovecraft.com, é um trabalho longo e cansativo, mas de ótima qualidade literária.
Por que estou escrevendo isso tudo? Porque o livro depende da pré-venda para ser lançado. E daí? Para que a qualidade do livro (do papel, capa e impressão) sejam de melhor qualidade, a quantidade de pedidos deve ser superior a 300 até o mês de julho de 2012. Até esta sexta-feira, o número de pedidos chegou a 237. O lançamento desta obra é muito importante, pois os poucos livros com contos do escritor lançados no Brasil, ou são caros ou muito difíceis de se encontrar, e um projeto destes é um sonho de muitos fãs de Lovecraft.



Lembrando que o site ainda tem uma promoção. O comprador do livro pode mandar um conto baseado no Necronomicon e, se for escolhido como melhor, ganhará inteiramente "de grátis" o livro "The Private Life of H. P. Lovecraft", livro de memórias escrito pela esposa do mestre da literatura de horror e suspense.
Para adquirir os livros, entre no site http://www.sitelovecraft.com e veja as formas de pagamento.
Vamos ajudar no lançamento desta obra com a melhor qualidade possível.


09/05/2012

Howard Shore e o Oscar Para seu Único Épico



Clique para ouvir a música enquanto lê.


Nascido em Toronto, no Canadá, Howard Shore estudou música e trabalhou como diretor musical de alguns programas de televisão como o famoso Saturday Night Live. Foi nesta época em que conheceu Dan Aykroyd e John Belushi quando lhes sugeriu o nome Blues Brothers (1980) para o filme que estavam para fazer.
Sua primeira trilha Sonora foi para o filme Depois de Horas (1985), de Martin Scorcese, mas seu reconhecimento no mercado norte americano se deu pelo fato de Shore compor  para praticamente todos os filmes de David Cronenberg. Foi pelo reconhecimento pelas obras destes filmes que Shore foi convidado para compor as trilhas de O Silêncio dos Inocentes (1991) e Filadélfia (1993). Mesmo começando a escrever partituras para grandes filmes de Hollywood, Howard Shore sempre continuou compondo para filmes mais lado b, de suspense e ficção científica, transportando pela música o nível de paranoia que os filmes passavam com as imagens.
Em 1994, compôs para o filme Ed Wood, de Tim Burton, que ficou conhecida por ser um dos únicos (e poucos) filmes de Burton cuja trilha sonora não foi escrita por Danny Elfman. Mesmo tendo criado músicas de ótima qualidade, Howard Shore nunca recebeu nenhum prêmio da Academia, até compor a trilha de Senhor dos Anéis.
O prêmio mostrou o reconhecimento de uma obra épica fantástica, gênero nunca antes explorado pelo compositor. Mesmo depois de ser iluminado pelos holofotes, Shore, além de continuar sua parceria com David Cronenberg, continuou fazendo trilhas para os mais diversos gêneros de filmes e cineastas. Durante esse período, por pequenos desentendimentos criativos, Shore foi substituido durante composição da trilha de King Kong, dirigido pelo seu parceiro de Senhor dos Anéis, Peter Jackson. Foi um acordo mútuo, pois cada um tinha uma visão diferente da obra.
Recentemente, Howard Shore lançou um album ao vivo onde rege a Orquestra Filarmônica de Londres tocando a trilha sonora de O Senhor dos Anéis, chamado The Lord of The Rings Symphony.
Atualmente, além de compor a trilha de Crepúsculo: Eclipse (2010) e outros menos conhecidos, Howard Shore está trabalhando novamente com a parceria de Peter Jackson no que para muitos é o filme mais esperado de 2012, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada e sua continuação Lá e De Volta Outra Vez (previsto para dezembro de 2013).

08/05/2012

Cinema Arregaçado de cara nova!


            Notou algo diferente aqui? Se não notou, você certamente está com problemas.
            O Cinema Arregaçado está agora com esse novo design, mais agradável, bonito, simpático, inteligente, jovem e muitos outros elogios que possam ser feitos. Isso graças ao nosso parceiro JP que fez esse ótimo trabalho, facilitando a vida de vocês internautas adoradores de cinema.
            Algumas novas interatividades logo entrarão em atividade, fazendo com que a relação blogueiro/internauta melhore e os contatos sejam mais fáceis e frequentes.
            Aproveitem nossa cara nova e fiquem ligados nas atualizações.
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